quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Tudo que acontece, acontece. [1]

Um casal atrapalhado do outro lado da rua não sabia para qual caminho seguia se era para a direita ou para esquerda. Alguns dogs passeavam com a língua para fora sem nem ligarem para o que acontecia a sua volta balançando o rabo. Uma luz acende no decimo quarto andar enquanto uma mãe prepara o almoço para seus quatro filhos na esquina da outra avenida. O simpático rapaz espera sua amada bem vestido e com flores nas mãos, ele vai a pedir em casamento; a cem metros dali, daqui uma hora que parece durar meses. Em cada ligação o coração palpita na mansão a três quarteirões, alguém está internado e muito doente no hospital. O jovem arqueiro deixa escapar sua flecha e acaba por atingir a si mesmo, faz cinco minutos que toda sua vida será lembrada a partir daquele instante para nunca mais esquecer. Estão ligando mais de três vezes para pedir uma pizza quatro queijos com metade portuguesa, para comemorar o final de semana que se chegou. A bela dama reza baixinho desejando dias melhores; Enquanto outra frágil donzela anda apressada quase correndo ao passar num poste sem luz e numa rua deserta. O menino está quase que terminando seu jogo faz dez dias que ele está empenhado em conseguir. Toca-se uma música tão bela a um quarteirão, tem alguém empolgado mostrando-a o que acaba de descobrir. Crianças gordinhas e pequenas correm disputando uma com a outra quem chega primeiro do outro lado. Robert está pensativo, coloca a mão no bolso compra um chocolate, ajeita seu topete e olha ao seu redor e segue caminhando com passos nem lentos nem apressados, apenas segue.     

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