terça-feira, 6 de julho de 2021

Pedaço de linha tracejada.


E preciso desejar liberdade a todos os homens que sabem brincar 
Sem se importar com a idade. 
Todos nutridos de poder e vaidade desejando sucesso e glória!
Todos presos em suas próprias ilusões e histórias. 

Oh Liberdade! Nada é livre neste mundo, não há mais liberdade.

A liberdade nada mais é que um pequeno pedacinho numa linha tracejada
Rabiscada e rasurada pelo tempo, pelo vento, por todo nosso tormento.
Por Deus, 
Nem ao menos podemos dizer que somos nós que desenhamos nossas vidas!

Por Deus, 
Precisamos romper-se com o belo, para nascer um novo olhar, um olhar capaz de construir qualquer direção!
Sonhamos com um olhar que dê um novo sentido ao que estamos vivendo, dia após dia, 
Precisamos que este olhar eleve tudo que está caído de tanto horror, queremos um olhar sem correntes, sem prisões, este será o único olhar livre. 

Por Deus,
É raro encontrar um homem que compreende o agir livre, o agir em função do que é livre ou do que é permitido ser livre, sim, senhores, 
Até para liberdade há uma permissão, um limite que será transformado em novas direções.
Não posso desejar liberdade para as almas hipócritas, maculadas, calejadas, maltratadas e mortas!

Oh liberdade! Nada é livre neste mundo, não há mais liberdade. 

Por Deus,
O destino e o tempo aos poucos destroem toda nossa liberdade, 
Para ser sincero, nem podemos dizer que um dia fomos livres de verdade. 

Manoel V. S.               06/07/2021 

Escritor do livro: Um planeta Chamado Átropos. Editora Chiado Books. Poesia enviada para ser utilizada no livro II Volume da Edição Brasileira da Antologia da Literatura Livre “Liberdade”.