quarta-feira, 22 de abril de 2015

Doente

Dor pelo corpo 
Febre alta..
Uma tosse a cada 2 ou 3 minutos
O corpo enfraquecido 
Não consigo lutar nem mesmo com uma dama indefesa
Ao comer me sinto como se eu fosse o velho médico que me receitou o remédio.

Meus movimentos são leves e as pernas também resolvem doer
Onde estava aquela minha força por entre meus músculos?

Um médico de cerca de 87 ou 90 anos me receitou 
Algo que me deixou mais doente, nada contra a idade
Mas ele ate receitou a meu pai 
Um remédio do qual não existia mais.

Ele me fez sentir meu pulmão, 
E perceber que está cheio de catarro.
Seu remédio me deu febre e franqueza 
Piorou o que já estava ruim!

Não gosto de escrever doente, 
Mas quem manda no dia de amanhã?

domingo, 19 de abril de 2015

Brasil - Colonia.

Quando o Cabral chegou junto com os portugueses em nossas terras selvagens, encontrou um terreno fértil tanto para explorar e escravizar os seres e as riquezas que aqui se encontravam. Se foi Cabral o primeiro ou não o fato e que nossas terras foram exploradas, os índios que aqui estavam tinham o hábito de comerem uma parte ou varias partes do corpo humano - imaginando que viriam adquirir as forças ou possíveis habilidades que esta pessoa possuía. Diferente do canibalismo que tem uma função mais predatória, o fato e que os portugueses abominaram tais hábitos chegando a punir quem os praticava. O choque de cultura era imenso, de um lado homens selvagens de outro homens selvagens vestidos e com suas tralhas. Tentaram os portugueses evangelizar rezando uma missa, o que eles com certeza não entenderam absolutamente nada apesar de ficaram muito curiosos com os gestos e com a fala destes novos povos recém-chegados. Outro ponto importante, um acontecimento que se deu por bastante tempo foi o tráfico de escravos - que eram muitos prisioneiros de guerra ou serviam como pagamento de dividas, etc. Eles eram um comercio muito lucrativo na época. Muito mais tarde com os portugueses deixando de serem caranguejos da Bahia que apenas viviam na costa, e passaram a se aventurar pelo nosso território. Surgiu a figura de um homem que ora e visto por muitos como herói e ora visto por poucos como bandido; Tiradentes não foi o único, mas ficou sendo o mais conhecido deles. Era mineiro e filho de portugueses - foi dentista, militar (Não conseguiu promoção na carreira e abandonou), comerciante, minerador e ativista politico. Desejou ele a melhoria do abastecimento de água no Rio De Janeiro, não obteve sucesso. Indignado com o domínio português, voltou a Minas Gerais para pregar sua inconfidência - O resto da história bem sabemos ele tendo sido pego virou martim dizendo que a culpa era totalmente dele e mais ainda foi o único condenado e enforcado - e que virou realmente história da tentativa de independência do Brasil. E meio inacreditável imaginar que vivemos um período assim, em que tudo isso era comum, como também é inacreditável que sempre existiram pessoas cruéis em todas as partes de nosso pequeno globo, nossa história começa com exploração de portugueses e até mesmo de holandeses que vieram buscar em nossas terras as riquezas descobertas, mas muitas vezes ao que parece somos uma colonia explorada por nós mesmos e talvez sempre seremos.            

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Não escreva doente.

Não gosto de escrever doente. Por isso certa vez escrevi.


Odeio Minha Sinceridade.

As palavras têm sentidos que deixam os próprios sentidos sem apoio.
Quem é o poeta, o exercício da letra ou a queda de uma bicicleta!
Não tenho tempo para versos vulgares, não tenho leveza de poeta
Sou duro como rocha , falo de mim, como se quem falasse fosse eu!
Temo os leves os quais não posso pesar-lhes. 

Aprendi desaprendendo meus próprios modos,
Errante glândula desencontrada em meio aos órgãos.
Quem me fez odiou ter escutado a palavra desencontro.
Foi assim que me encontrei, em meio a um desencontro.

Odeio minha sinceridade em excesso, todo excesso se repete!
Fica uma dica para a própria, não é correto ser filósofo quando se trata de doenças
Quem foi filósofo doente, transmitiu sua frágil flor desabrochada.

Faço tudo sem sabor algum!
Sem sabor!
Algum. 

De Poetisa para Poeta. [2]

Caro estranho amigo.


      Hoje me bateu uma vontade de escrever uma carta. Carta mesmo, no papel amarelado e na caneta de pena, com todo o jeito de antigamente. Eu sei que parece antiquado, mas há alguma coisas que nunca deveriam ficar no passado, e escrever cartas deveria ser uma delas. E eu sei que você deve ter uma opinião parecida, uma vez que sempre me pareceu meio perdido  nessa época, o que tornou tudo isso apropriado.
      Então, como disse, quis escrever uma carta, e já faz algum tempo que me acovardava nas tentativas, mas nos ultimos tempos nesta cidade estranha que vem devorando tudo vejo na noite o som de violão nos bares da vida boêmia e tudo isso me lembrou de você, velho poeta de décadas passadas que sempre foi. E então eu sabia que deveria escrever, e se iria entregar ou não seria assunto para depois.
      Nestes dias faço vinte anos meu amigo. E não sou mais criança, adolescente nem mulher adulta. Não sou nada, um velho paradoxo meio destacado de todo resto. Não posso dizer que vivo infeliz, pelo contrário, as coisas em sua maioria acabam se arranjando em meio aos redemoinhos que bagunçam tudo, mas a verdade é que sou feliz e infeliz ao mesmo tempo, e sempre serei assim. Há algo em meu pensamento que me impede de experimentar o extâse da total felicidade, mas creio que todos na verdade são assim. Tristes e Felizes.
     Gostaria de contar como anda minha vida, e aconteceu tanta coisa desde nossa ultima conturbada conversa! Faculdade, morar fora, responsabilidades e muitas decepções, acertos e enganos. Talvez isso resuma tudo, pois de resto "ainda me apaixono por tudo e não amo quase nada". Mas estou aprendendo a amar aos poucos, e a sofrer, e a viver nesta plenitude de emoções confusas. Você sabe, caro amigo, que sempre fui meio antiga demais, e continuo assim. Ainda prefiro receber flores e palavras, e detesto exibições gratuitas e a algazarra das grandes multidões. Por isso talvez seja um pouco triste vivendo aqui, em um lugar tão libertador que me prende dentro das quatro paredes do apartamento. Eu nasci para ser livre, para voar e não ser enfeite de estante...
       Mas enfim, faço vinte anos e não sei quase nada da vida, nem sei se um dia saberei de algo que me faça ter as respostas que procuro, como o porquê de tudo que aconteceu com nossa amizade, ou que caminho tomei para ter chegado a este lugar. Ou o porquê de não conseguir deixar de ser meio triste sempre, mesmo que o momento devesse ser pleno de felicidade. Talvez minha cabeça tenha uma sintonia diferente, dentro dos livros, da música e dos amigos tantas vezes também deslocados de tudo.
      Mas acredito que estou sendo feliz do meu jeito, e espero que você também esteja e assim fica tudo certo. O mundo continua a girar, as pessoas vivendo suas vidas, mentiras e verdades, envelhecendo, nascendo e buscando suas respostas ou fugindo delas. É, algumas coisas nunca mudam, mas outras mudam  cada vez mais, e vou me apegando a isso. Pois hoje me olho no espelho e não noto nada de diferente, mas sim, estou fazendo vinte anos e isto deve significar alguma coisa.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Wait.

Entreguei alguns escritos sem esperar que eu consiga o que desejo, que é publicar algo. Apesar de que sendo contraditório, entreguei para que fosse. Tudo leva a crer que pode ser que dê certo e não dando, não importa tanto assim, pelo menos houve uma tentativa para se conseguir. Não estou bem emocionalmente - e a culpa e minha, totalmente minha. Sou eu quem acredito que pessoas realmente podem mudam e que mais ainda que as pessoas dizem a verdade, e os fatos só comprovam que não. Acabo ficando chato sempre batendo na mesma tecla, talvez eu não tenha culpa se não mando no que sinto ou no que sonho, acredito, etc. Tenho cuidado do meu corpo, já de minha alma realmente não conheço um regime, e tudo que e comido por ela, faz ela crescer. Eu havia escrito há muitos anos atrás "O que me preocupa e o excesso de preocupação." e desse mal sofro a muito tempo. Não cumpri minha missão e sempre pequenas coisas me chateiam bastante, ao ponto de eu colocar elas acima de coisas maiores. Além de estar decepcionado com pessoas também estou comigo - pois eu também esperava mais de mim. 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Eu sei.

Não encontrei em nenhuma estrada já caminhada - fui em vários lugares e estive por quase todos os cantos possíveis. Também fiz coisas erradas com pessoas sinceras, mas as pessoas esquecem o que fizeram e ainda fazem. Sonhei e continuo sonhando e sempre vou sonhar ate o que meu dia termine. Não tenho mais medo, nem levarei magoa do que não vale a pena brigar - brigo por coisas que nem deveria pois são mais claras que o sol não haver sentido para que existam. Tentei minha vida inteira controlar a força contraria a natureza, fui vencido e venci algumas pequenas e poucas batalhas - o que de verdade não quer dizer muito. Estou cansado de não ser ouvido e mais ainda de ser o único que luta pelo que é certo, pelo que deve ser como um herói contra o próprio destino. Cansei de ser o que não pode ser e o que nunca deveria ser. E um grande erro meu e de muitos, mas e um erro que irei encontrar - há alguém que realmente entenda o verdadeiro significado de mudar o mundo, de compartilhar o novo, de viver um novo sentido, eu sei que sim pois se eu posso sonhar sei que alguém pode sonhar junto comigo. Não espero mais nada de ninguém, já me decepcionei o bastante. Eu preciso crescer e para isso é preciso seguir em frente.     

De Poetisa para Poeta.

Ele era um sonhador. Carregando no rosto o sorriso bobo, e nos bolsos a pretensão de que iria mudar todo mundo. Falava sobre o capitalismo, as revoluções internas e o futuro incerto. Ele queria ser estrela do rock e líder político, andando na corda bamba da geração coca-cola. Falava sobre religião e corações partidos. Sair com a galera e casamentos a distância. Eu achava graça em tudo, pensando em bandeiras e saltos. Na faculdade e em sair de casa para cuidar da minha vida. Publicar um livro aos trinta, fazer algo importante e reconhecido antes dos quarenta... Algumas loucuras antes dos vinte, viajar, conhecer pessoas, reencontrar pessoas... E era tudo tão tolo e tão bonito. Era tudo tão incerto, como uma brisa fria e passageira que vem para aliviar os tempos difíceis. E onde estará você agora? Realizou o que sonhava? Deixou seu rastro por aí? Penso nisso de vez em quando. No quanto as coisas foram diferentes, e ainda assim seguiram um rumo, não reto, mas curvo. Escalando, sempre e sempre.. Será que vamos nos encontrar do outro lado da montanha? Sim, tenho pensado nisso. Andei apagando umas fotos antigas, revirando o passado, tirando a poeira dos móveis, jogando algumas coisas fora... Já era a hora, você diria. De se livrar do peso morto e seguir em frente. Sempre que ouvir aquela banda de rock, aquela melodia da Marisa Monte, que alguém falar dos velhos filósofos e das noticias do circo armado do senado. E eu vou me recordar daquela velha poesia das vezes que a gente pensava que iria revolucionar o mundo... Por que não podia ser diferente Poeta. Você mudou algo em mim e eu não vou esquecer.