sábado, 2 de junho de 2018

Vinte nove ou trinta.

E engraçado você chegar onde antes você pensava o quão misterioso seria chegar em certa idade. Claro que tudo passou estranhamente e de um jeito bom amadurecemos muito de tempos para cá, não podemos dizer que somos a mesma pessoa nem que mudamos tanto assim também. Se melhoramos ou não a gente sente que sim. Os padrões pedem isso e aquilo. Nós nunca seguimos direito a cartilha que alguém ou que sociedade projetou e espera de nós. Segundo o velho Freud escondemos o que existe de ruim que pode nos destruir para preservamos nossa vida; escondemos lá no fundo nossos ressentimentos e nossas desgraças pessoais, um exagero pode ser que seja; mas as ilusões trazem um fruto tão delicioso que são elas que mantêm toda a humanidade viva. Alguém pode agradecer por existir a chuva ou odiar por ela trazer uma enchente. Hoje olhando sem muitos detalhes para linha da vida, posso dizer que a música, a poesia, a leitura, a maneira de ser fez com que tudo tivesse um valor tão puro e simples. Orgulho claro de tudo e de toda a maneira com a qual pude um pouco que seja, ser feliz um instante e fazer bem a alguém. Naturalmente eu vi o orgulho de alguém vencer seus sonhos, e talvez tenha vencido alguns dos meus; mas eu sou assim, não sei inventar quando quero um instante ou pela eternidade que seja. Nada é para sempre, só a poesia será. Eu tenho alguns motivos para sorrir enquanto a vida segue. 

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