segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Ela gostava de Ramones.

Ela gostava de Ramones como eu e trocávamos e-mails. Ela se parecia muito comigo, me desconcertava dizendo palavras sinceras uma atrás da outra, eu algumas vezes não tinha argumentos para contestar. Ela tomava vinho e andava de preto! Tinha uma voz doce e uma atitude agressiva. Era incrível está perto dela, sua presença fazia bem e eu fazia bem a ela. Ela gostava de Ramones como eu, entendiamos o significado daquelas frases e daquela voz maluca, daqueles garotos estranhos, feios e esquisitos expressando sentimentos tão antigos, todos os nossos instintos no meio daquelas frases de efeito. Que dia incrível passear por essas ruas, falar sobre o mundo, sonhar sobre tudo, imaginar como seria se tudo fosse diferente - e nós juntos fazíamos a diferença, não havia maldade, não havia falsidade naquela moça de preto, ela jamais deixou de dizer algo por medo; e assustadoramente eu me via naquela bela mulher de cabelos pretos, olhos grandes e com um corpo de uma mulher guerreira! Ela gostava de Ramones e dizia que a melhor parte do dia era conversar comigo, sobre tudo, ou receber um e-mail contando coisas sem sentido. Como pode existir alguém assim? Ela gostava de Ramones e gostava de estar junto comigo conversando sobre tudo.  

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