segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Depressãomente.
O vento sopra movimentando as folhas diante dos patinhos que brigam para ocupar espaço que dia tedioso vivemos aqui neste planeta - passamos a tarde inteira esperando a hora de sair do trabalho ou a fome chegar. Eu sou o roqueiro sem nome, sem endereço e sem cpf - movimento pelo som pesado e por toda agressividade da vida. Eu sigo a seta, eu vou adiante na reta tracejada. Carrego o sofrimento, carrego a angustia e todo o meu orgulho. Carrego comigo todas as minhas lutas e todas as minhas paranoias, todos as derrotas e todos os desejos realizados. Para nós em volta tudo vai perdendo o sentido, a mesa do bar as conversas insensatas e os equívocos um a um vão se somando. Já não se sabe se existe o amor ou se ele morreu depois do dia vinte e dois de algum domingo ensolarado quando nós deixamos cair o refrigerante e mudamos o curso de nosso próprio universo. Chato, todo dia aparece um chato e somos tão mais chatos ainda. Isolados, únicos, escondidos acabamos virando monstros de nós próprios. Tudo que era cheio demais, uma surpresa maravilhosa acaba se tornando vazio, sem graça, sem sentido e até mesmo os velhos interesses não valem tanta coisa assim. Querem que eu diga a verdade, mas sou poeta e tenho liberdade para mentir também. Queremos um lugar seguro, queremos respirar um ar puro; tudo e pesado, tudo e estranho e cada vez mais e mais difícil dominar ou controlar nós mesmos - fomos movidos para fora da terra, para longe de toda a estratosfera. Desejo profundamente o sentido verdadeiro para se acordar alegremente, para sonhar positivamente e não troca nada porque não há mais nada perigosamente - maior que o universo que desejamos parasempremente.
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