quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Chegamos?

Que ponto chegamos? Vimos uma feição de desespero que usava aquele pobre rapaz; quantos encontros faríamos para entender que ela adora ser dominada ou que aquela outra adora dominar; manipulados esses dias desastrosos fugazes na torpe esperança de que tudo combine - tudo seja como é - tudo aconteça como foi dito. Recorremos a velha filosofia; nada novo, quando nossos olhos se cruzaram e cada um viu uma esperança em um e outro. Entenderam a mensagem, o beijo e a viagem. Fomos até onde você sente o vazio a falta de tudo, a tristeza da vida, e jogamos algumas tintas para colorir; Quanta bobagem foi apenas um olhar sem jeito, e você soube o que aconteceu,
lá no fundo tudo era vazio - e enchemos um ao outro, entre as garrafas esvaziadas e as palavras estranhas - todas as lembranças ridículas e perdidas; Que ponto chegamos? Queríamos tanto que fosse verdade, que seus olhares fossem de verdade como uma estrela que guia nossa alma e nosso coração para o caminho mais vivo, alegre e vivo! Que ponto chegamos? Deixamos de dizer eu te amo, esquecemos de falar até logo, de enviar uma carta pequena com uma frase, não somos mais crianças e no entanto parece que somos; Que ponto chegamos? Se só há sentido, quando sei que existe o seu sorriso? Podia eu sorrir sem você ? Tão pouco somos, que nem transparecemos ser de verdade a mais linda historia jamais contada ou vivida, jamais encontrada ou citada nos livros ou
nos cadernos rasgados; Que ponto chegamos? Se não chegamos no amor que temos nada faz sentido.

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