domingo, 15 de janeiro de 2017

Quando a voz foi gravada na alma.

Sua voz ecoa dentro da minha alma, às vezes, ainda posso senti-la ressoando, estremecendo-a como uma força viva dentro de mim. Não há ouço mais me chamar com seu jeitinho, nem tenho contato algum. Quando você morreu junto com os 
sonhos, não houve cerimonia alguma no seu enterro. Aqueles sonhos que havíamos produzido sob nossa existência, despedaçados e tristes, se apagaram com a morte de sua alma. E sem alma, por duas vezes, próximos era possível quebrar com uma frieza, com uma maldade, com uma falta de sensibilidade e alma! Os passos das poesias e das grandes tempestades. Ele precisa ver com os próprios olhos o acontecimento; ir a morte de alguém que parecia tanto viver - e no entanto - como uma miragem se apagou dentro dos sonhos. Aquela voz ecoa me chamando, venha aqui, sente-se aí, espera um minuto; Olha isso, aquela mesma voz que brincava com tudo - levou a sério e levou embora você. Hoje morta, envelhecida, suja, perdida. Não tenho poder ou controle algum. Aquela voz era capaz de desenhar junto uma
mesma direção. E parecia tão sincera, tão viva e tão verdadeira - que seria bom demais para ser verdade. Que fossemos eternos como sonhávamos um dia sermos. Aquela voz foi gravada dentro dos meus sonhos, e ela estranhamente ainda me diz: eu amo você.

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