segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sobre os dias estranhos. [2]

Quando eu deixei de ser anjo, cortaram minhas asas depois arrebentaram minha aureola; Puxaram os meus pés e me tiraram do céu. Restou um pouco de meu orgulho e de minha honra. Quando cai sob a terra, um monte de lama passou sobre meu corpo. Um grandioso ex amigo, segurou minhas mãos e limpou meu corpo. Levou-me até sua casa! Depois fomos ao parque respirar um ar diferente. Nada em volta fazia sentido, eu estava novamente no planeta de onde surgir e vivi. Começou a fazer sentido quando pude sentir graça novamente na minha própria existência; os sonhos, a vontade, o caminho e as minhas tão sagradas e preciosas razões. Aos poucos faziam sentido! Os meus livros e os anos de escritos. Quem eu era afinal de contas? Aquela doce ilusão não deixou de ser um exercício diário da própria vida. O antigo e velho amigo, sempre deixou claro o quanto tinha estima por mim. Senti-me confiante fora do céu, senti-me até amado sem amar, senti-me um homem forte de verdade fora das minhas doces ilusões do céu. Algumas vezes, sentia uma tristeza que esvazia por dentro o que havia; não derramei nenhuma lágrima! Não tinha esse direito. Outras vezes eu era meu próprio inimigo. Sempre quando esperava subir novamente aos céus, fui logrado a desistir que haveria luz. Desistiram de mim ou talvez nunca houvessem tentado, um grande ex amigo segurou minhas mãos e disse eu estou aqui.   

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