quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Estranho enigma.

Procurou na esquina de um bar; na padaria próxima, na loja, no mercado central. Passou na praça, na rota da escola, no caminho da faculdade. Caminhou, gritou, argumentou, perguntou e até perdeu a voz. Correu para avenida, no centro da cidade, na rodovia, foi até o aeroporto; falou com os moços que trabalhavam, ligou o som e ouviu o rádio, ninguém falava, ninguém sabia, ninguém a via. Pegou o número do celular, tentou ligar, deixou mensagem na internet, fez anúncio no jornal, procurou dentro da TV e nada. Pesquisou o nome, foi ao cemitério, fez um anúncio nos classificados. Almoçou no mesmo restaurante, procurou ler nos livros da estante, não havia uma escrita, nenhum recado nada, nenhum dia mais falado; Não ouviu uma palavra, não achou nenhum vestígio. Olhou a casa, o portão, o chão e todas as árvores em volta. Via crianças, velhos, adultos e meninas. Sentou nos bancos, nas igrejas, nas convenções, nos serviços e reuniu onde tudo se reunia. Ouviu os pássaros arrastou pedras, observou o chão, procurou no ar, no espaço e até nas estrelas. Olhou a lua, o sol, ouviu as reclamações e sonhos de quase todo mundo. Procurou uma foto, um retrato, um telegrama, um presente, um adeus, um bom dia, um sentido, um não sentido e até mesmo questionou, disse e não disse. Procurou dentro do pensamento, de uma ideia, de uma clareza, de alguma certeza! Lembrou, chorou, sorriu, amou, odiou, Sentiu! Sentiu! Sentiu! Tanto que existiu.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário