segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Para as moças que fingem amar. [1]

Ela achava que quanto mais mal fazia mais bem sentia, enquanto sozinha nenhum luz a via. O brilho da simplicidade abre uma porta, uma alma, um sonho - Como um olhar intenso que penetra, apaixono pelo olhar depois sou contaminado pela voz, pelos gestos e pela forma de ser! Ela achava que passando ciúmes se tornaria forte, imbatível e única. Achava graça em ver os homens se arrastando, se humilhando, se entregando e se dedicando, dia após dia, o mundo não é feito de uma maldade sozinha - embora chega um momento que tudo é tão insignificante e o que realmente fica é a verdade da alma, e um coração que fala e tem o meu respeito quem é verdadeiro. Não há como acreditar que até mesmo um olhar pode nós enganar! Somamos as coisas boas e diminuímos as ruins e ao fim ainda ficam nós devendo tanta coisa que podia ser feita, tanta coisa simples que podia ser notada e admirada! Ela achava que era um máximo andar com um maconheiro às três da tarde em um domingo para dizer que é amada e incrível. Deixemos de falar quando a fala já não diz nada, deixemos de agir quando não há sentido fazer o que fazemos, deixamos de notar uma alma que só pensa em si.
Tem almas que quanto mais distantes melhores; não acrescentam em nada, e não são capazes de nada! Ela ficava esperando para mostrar que podia mais, que era amada por outro alguém, que era desejada pelo mundo, que era maravilhosa de verdade; no entanto, ao fim não é nada mais que só mais uma qualquer com outro qualquer; que em nosso mundo não representa absolutamente nada, apenas nos dão direito de dizer 'Que pena existir alguém que se da ao trabalho de se rebaixar e de se humilhar; quando perde um amor pega outro na prateleira e acha que usa, quando só está sendo usada e não há amor, sem poesia e sem brilho no olhar.

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