No outro dia ele volta e começa a perguntar coisas sobre a vida dela; Ela responde sem dar muita importância e ele sente tudo. Vai para casa com o coração triste; mas não pode desistir de quem parece não ama-lo. Ele vê o chocolate que ela gostava, compra-o e o deixa em sua mesa com a mensagem em um cartão: 'para Skadi, com carinho!' Ela chega no outro dia, encontra o recado e se pergunta quem é que deixou? Pergunta ao seu ficante que a faz bem, mas não há amor; Ele diz nada saber sobre chocolates e muito menos sobre bilhetes. Balder não vai mais a sala perguntar sobre a vida dela; O serviço acaba ficando cada vez mais chato e a cansando mais. Indo ao banheiro Skadi encontra Balder e o cumprimenta sem muita animação e de longe. Ele suspira e pensa será que ela recebeu o presente? E mais ainda será que ela gostou de recebe-lo? Skadi resolve perguntar para algumas pessoas quem havia deixado aquele presente; ninguém consegue responde-lá. Balder não consegue mais resistir e acaba indo perguntar algo bobo sem muito importância apenas para vê-la. Ela pergunta a ele se ele sabe de algo sobre o presente; Ele diz nada saber, afinal de contas ele não tem alguém que ele gosta e não ama ao lado. Ela não gosta das palavas dele; E acabam discutindo! Então ele resolve pedir calma e se retira. No outro dia há outro bilhete com chocolate; Skadi 'desculpe, não quis te magoar.'
Ele não voltou a sala durante uma semana. E ela ficou confusa durante todos esses dias. Até que ele resolveu voltar e perguntar novamente outra coisa mais boba ainda; Ela o respondeu com um sorriso sem jeito. Ele a chamou para sair novamente, e ela disse 'não, eu não quero.' Ele só balançou a cabeça e saiu. Uma semana depois, ela ainda pensava no que havia dito. E não havia mais bilhetes, nem chocolates, nem perguntas bobas e muito menos alguém querendo saber de verdade o que ela sentia - só elogiavam sua beleza. Ela não havia visto, mas uma poesia com quatro frases estava no último bilhete por dentro: 'O amor pode nascer, meio bobo e meio assim sem querer. Você não vai acreditar que quando falávamos, era nosso jeito de se admirar. Você é a luz em meio a escuridão; Eu sou só mais um bobo que quer para mim o teu coração.' Ela leu, sorriu, gostou e voltou ao trabalho. Skadi não se sentia mais bem com a pessoa que a fazia bem; Enquanto Balder achava que ser Poeta e igual a ser Bobo que nós dias de hoje são as mesmas coisas; ou na pior das hipóteses um Bobo é mais esperto que um Poeta. Eles se encontraram no corredor; Ele não disse nada e ela menos ainda. Confessou a sua amiga que o havia visto sem dizer uma palavra um ao outro; Ela achou tudo estranho e sem saber o que fazer perguntou o que a amiga achava. Ele só pensou e preferiu não pensar mais a respeito.
Skadi falou com ele e ele a respondeu. Falaram por horas sobre todos os assuntos e sorriram das bobagens um do outro. Ela perguntou do bilhete; Ele disse que foi tudo sincero e verdadeiro. Ele perguntou o que ela sentia e ela dizia não saber. Aquilo cortou o clima, e o mundo não parecia mais entrar em acordo com a beleza das palavras. Ele disse que achava melhor se afastarem; Skadi concordou apesar de dizer sentir saudade. Ele disse que também iria sentir muito por tudo. Porém ele aprendeu com o tempo e consigo mesmo que o amor e como uma poesia não pode ser algo assim sem loucura ou profundidade, porquê tudo é uma troca como dizia no livro retratos: "E preciso ser amado para poder amar". Skadi passou a viver numa cidadezinha pequena ao norte; enquanto Balder foi para o sul, lá ele olhava e admirava os amigos e colecionava histórias malucas - ambos podiam sentir que tudo aquilo podia ser maior desde que fosse verdadeiro e não confuso - ser feliz de verdade.
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