quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Filosofia em pedaços.
Já aprendi com um gênio que a dor é real e o prazer apenas uma ilusão. Todos os dias vão nos engolindo como se Heráclito enviasse seu devir em fúria. Nosso desejo insaciável de Schopenhauer que nunca tem um fim nem nunca se satisfaz e quando ocorre a satisfação, somos condenados ao tédio e ter que desejar novamente. 'Tudo é devir' e passamos pela vida como pequenos átomos no meio da lama de um subúrbio do universo. Grandiosamente, podemos julgar e definir o mundo como quisermos, e achamos absurdo negar o que não pertence ao que vivemos. Quando vejo o jovem destino de Zadig me identifico profundamente; quando ele luta pela justiça e é enganado e arrastado pelo destino e pelas próprias pessoas que delineiam o caminho que vamos seguir, sinto praticamente o mesmo tanto pelas mulheres que juraram amor as que demonstraram que fingiam virtudes onde não tinham. Um falso amor que troca alguém por conta de um defeito no olho, outro que reclama tanto da falta de virtude de outra pessoa e depois faz algo do mesmo modo. Até que Zadig encontra alguém que o ama verdadeiramente como algo mais belo da poesia da vida, era uma rainha que já tinha um rei. Mas que culpa teria o amor de surgir e de fazer com que saibamos, o verdadeiro amor não te abandona e vai lutar para que você seja feliz tanto quando se sente ao lado de quem se ama. Poderia dizer os filósofos com um olhar triste e medonho. Necessitamos desse prazer ilusório para suportamos a vida que vem despedaçando com o devir. Enquanto os poetas acabam sempre dizendo que quem ama verdadeiramente você nunca vai deixar de amar.
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