segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Muitas coisas da vida, nós precisamos amar para entender.

Eu não tenho nada, um papel em branco e um lápis com a ponta afiada. Escrevo para uma alma penada, uma alma que talvez nem exista ou nem queira ser ouvida. Já me senti rei e também plebeu. Não me surpreende uma reunião de gente má intencionada ou de hipocrisia. Sim, o mundo e quase sempre injusto com os bons de coração. Mudam tudo, um mentiroso vira o mais sincero e o mais sincero um traidor. perguntaram-me o que sei fazer; - poesia eu disse. (Que estranho pensaram) acharam que eu não soubesse nada útil. Ah você é um quase nada, alguém muito esquisito que ainda defende as injustiças no país mais injusto de todos. O belo não tem vez e o mentiroso está na primeira fila recebe beijos e abraços, recebe amor sincero vindo de um monte de histórias falsas. Ninguém sabe mais amar; escrevi. Recebi um sermão dizendo que eu me achava mais do que quem eu era, porquê não era ninguém mesmo importante no meio de tanta falsidade, diziam que só sabia rabiscar meia dúzia de qualquer coisa para almas penadas. Tentaram arrancar meu direito de pensar e de escrever. -Não há nada tão grande quanto à poesia. Acusaram-me de heresia por desmoralizar indiretamente Deus, logo não há nada maior que poesia, então Deus não seria. Estranho tempo, fiz uma carta pequena, 'posso nunca mais ver teus olhos diante dos meus, sentir seu abraço ou seu coração; posso nunca mais ouvir sua voz e mesmo assim, morrer de amor(...) E mesmo verdade que ainda moro dentro do que faz bem?(...) E mesmo verdade, que há um lugar dentro da gente, que o bem vence o mal que o amor vence o ódio e que nascemos para sermos felizes?'  Você não pode escrever quase nada, pensar quase nada, logo ao fim daqui uns dias - amar é proibido. Eu não tenho nada a lhe oferecer doce menina, só sei amar e escrever. Só sei as coisas mais bobas da vida. Só sei aquilo que importa e será mesmo que você se importa? 

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