terça-feira, 4 de setembro de 2018

Dois mais dois não são quatro.

Ele procurava ir no mesmo horário que ela para encontra-lá. Nunca foi coincidência que ele estivesse bem vestido ou arrumado. Não foi por acaso que ele ficava pensando horas e horas no que dizer para ela caso a encontrasse. Ele fingiu que não sabia que a iria encontrar; caso ela soubesse perderia o encanto. Ela também começou a se arrumar mais depois que descobriu que ele estaria naquele mesmo local. Ela pensava também não no que ia dizer; mas no modo como ia agir caso o encontrasse e de como seu vestido, sua maquiagem, seu cabelo e se estaria discreta como as palavras dele. Ela não sabia que ele conhecia os horários dela ou do quanto ele fez questão de entender o que mais agradava o mundo dela; para que não ocorresse algo que pudesse deixa-lá com uma má impressão. Ela achava que ele era o homem de sua vida; mas não podia dizer. Ele achou estranho que ela se sentisse mais livre; mesmo quando juntos. Ela achou que não seria ideal fazer algo que não fosse escrito na cartilha das pessoas modernas. Ele não entendeu e quando quis entender ficou triste, pois a verdade não tinha muita coisa boa a dizer. Ela ligou o som do carro, era outro rapaz e ele dizia que estava um pouco cansado do trabalho. Era domingo, um dia como os demais. Ela achava que isso era o que devia ser feito. Ele aprendia novamente a ser o que era, se esbarrando e errando mesmo no que um dia ele já foi. Ela disse que era feliz, enquanto o outro ficava em silêncio.    

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