segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Apenas Balões. (Parte 1)

Correndo com seu vestido branco e sorrindo pelo belo jardim cheio de flores - com o vento que soprava em volta e o sol tímido refletia todas aquelas belas cores ao teu redor e ninguém poderia encontra-lá ali, sua beleza resplandecia a visão de quem pudesse vê-la. Ela estava com balões azuis, verdes, vermelhos e roxos. Com toda sua delicada corrida encontrou uma criança, era uma menina e com um sorriso deu a ela um balão de cor azul da qual agradeceu sem jeito, 'muito obrigada' partiu então ate avistar de longe um belo castelo e desejou chegar ate lá - mas algo lhe dizia que deveria terminar de entregar os balões que carregava, ficou assustada ao se deparar com uma senhora de muita idade, e para não se sentir triste deu o balão de cor vermelha a ela - não recebendo nada em troca a não ser um olhar triste. Foi seguindo na direção que parecia a mais curta a se chegar e a medida que se aproximava do castelo ele parecia que se distanciava. Um pouco cansada resolveu se sentar numa árvore, seus lindos olhos começaram a diminuir a visão e ela adormeceu. Nos seus sonhos ela ia esperar a hora em que o ônibus viria lhe buscar para ir a uma rotina massante do dia, iria trabalhar sem vontade e fazer algo sem interesse nenhum. Ao sair do emprego o vazio do existir sugava suas energias já desgastadas da rotina do trabalho, ela se sentia tão presa e não havia ninguém para contar sobre tal vazio ou sobre tal sufoco dos dias - toda vez que começava a dizer ninguém entendia e achava que ela estava só um pouco cansada. Então ela acordou e viu que era apenas um sonho, se levantou e foi em busca novamente para se chegar ao castelo, um menino que corria pelo jardim sorrindo sozinho a viu e parou de sorrir estendeu a mão para pegar o balão e ela deu o balão de cor verde a ele que disse 'obrigado' e ela ficou sem fala e por cerca de sete segundos logo seguiu seu caminho, correndo com a vontade de chegar ao castelo, de repente, só havia um balão em suas mãos então um espelho na sua frente lhe chamou a atenção ela pode ver através dele vários momentos da sua vida e ela ficou assustada muitas vezes ela teve ódio outras deu risada em outras pediu para fazer outras coisas de outro jeito e não entendeu nada. O balão que havia sobrado em suas mãos começou a brilhar - não, ele não era roxo como se pensava, era de uma cor que não se podia definir. E ela estava começando a chorar por não entender o que realmente estava acontecendo, por cerca de alguns instantes o balão parou de brilhar e o espelho se quebrou sozinho. E quando ela resolveu novamente ir ate o castelo seu ultimo balão estourou então ela se sentou na grama e olhou para o céu dizendo - por que eu?      

Nenhum comentário:

Postar um comentário