segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Anápolis.

Tudo é mais calmo, tudo é mais ameno, tudo é mais perto e as mulheres são mais passivas e generosas. Tudo é de mais fácil acesso, tudo é vivido perto de um lugar ao outro, tudo é um sentimento profundo e as mulheres se entregam ao amor. Tudo é menos mesquinho, tudo é menos agressivo, tudo é menos malvado. Tudo é mais simples, tudo é tão certo, tudo é mais ou menos vivido. Tudo é uma praça e um shopping, um almoço e dois cinemas para ir. Tudo é uma festa mais ao longe as meninas são bonitas e jovens. Tudo é vivido sem arrancar os nervos, embora um homem da cidade grande esteja pronto para colocarem para fora. Tudo é um sim um não, uma palavra vale e um sentido, algumas coisas pequenas parecem serem grandes mesmo não sendo, outras grandiosas perdem a grandeza e todo seu valor. Tudo é um segredo para olhar um passado, um teste para sonhar com o presente. Tudo é uma pequena rua e uns becos nas esquinas, tudo é um brilho quase apagado na avenida da solidão. Tudo é um destino dentro da nossa intimidade, e a tristeza maior e solidão dentro da alma, dentro de nosso íntimo ser; mesmo vivendo na grande cidade ou na pequena. Tudo é real, tudo é vivo e tudo é sentido. Tudo são palavras inúteis ou às vezes tão úteis. Tudo é uma moça bela passeando na praça com seu cachorro e um garoto olhando-a. Tudo é tão misterioso quanto o dia de amanhã. As luzes são belas, a pequena avenida marca uma alma que ali viveu e passou, chorou e sorriu, sonhou e deixou de sonhar. Tudo é saudade do que não existe mais, tudo é esperança de que algo melhor surgirá, tudo é poesia. Tudo é uma busca pelo presente melhor! Quando se olha muito para o passado, o passado também olha para gente e corremos o risco de chorar mais que sorri, porquê nada mais existe - só nos restou as lembranças, de um tempo em que acreditávamos no infinito e nas pessoas de bem. Tudo que é pequeno tornou-se grandioso, eu sou o poeta que aprendeu a chorar e a sorrir.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário