quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Procurando sentimentos.

Gritei seu nome no meio da rua, pedi ao céu que retirasse a lua. Não você não estava mais na praça, no banco, na porta, na casa, na faculdade, na drogaria, na padaria e não estava dividindo o mesmo piso que o meu. Meu sobrinho fará 5 anos e assim eu posso ir a Brasilia para comemorar alguma coisa, você não está no aniversário do meu sobrinho. Não lembro mais em que esquina deixamos um ao outro para nunca mais olharmos e nos abraçarmos diante do espaço-tempo. Gritei seu nome e você não apareceu de frente ao supermercado, dentro do shopping, na saída a direita nem a esquerda, você não estava mais sentada esperando dentro do bar que bebemos, no restaurante que comemos, no pit dog que lanchamos, nem padaria que dividimos o pão... Você não estava me ouvindo gritar! Não estava me esperando fora do banheiro e nem pensando que iria me abraçar no dia certo para abraçar alguém que se gosta. Não passei mais na rua em que você mora, não passei mais nas ruas em que sorrimos juntos, não fui mais naquele brinquedo e não comi mais cachorro quente com refrigerante olhando as crianças gordinhas no parque! Gritei seu nome onde sentávamos para ver o dia passar, gritei seu nome dentro da minha solidão e não ouvi mais a tua voz de volta - que estranho os dias são sempre assim meio azedos e doces. Chamei alto seu nome e você nunca mais me ouviu e nunca mais iria me ouvir. Que estranho! Os dias nunca são iguais e meus beijos são sempre os que ficam eternos, e não há ninguém que os esqueçam mais. Que estranho! Gritei seu nome sozinho como um louco mesmo sabendo que você nunca mais estará lá. 

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