No Amor a distância é proporcional a dor de cada um.

O plano de voo dele era ao sul, o dela ao norte. Duas aeronaves em direções opostas não podem se encontrar. Suas vontades não mudam e suas palavras nunca são entendidas e se são entendidas são incriminadas ou levadas como a pior coisa do planeta. Mas se queres viajar ao sul sozinha um anjo lhe levará, se queres ir ao norte onde quase tudo é permitido uma anja o levará. Para quem fica só, lhe resta apenas um olhar de esperança para tentar mudar o que parece ser imutável, cada vida e cada detalhe resumido em quase nada em pequenez e idiotice. Os anjos choram por não irem na mesma direção, porque tudo seria lindo e quase que perfeito - o que parece não ter mais jeito, nem o tempo fez a viagem mudar tudo? E continua a mesma coisa e a cada segundo a distância aumenta proporcional a dor de cada um seguindo o que não deveria ser. Não há consolo e a dor é real. O drama é real. A vida é real. Os sonhos eles estão viajando, um ao norte outro ao sul - e não sabem se um dia irão se encontrar novamente. E tudo o que é tão pequeno e mesquinho, se torna tão grande e destruidor - porque tudo é sutil, tudo é delicado, quando se trata de amor tudo é levado a sério.