domingo, 1 de novembro de 2015

Panteísmo Dos Seres.

Ouvi dizer que a mesma mão que afaga pode ser a mesma que apedreja. E já me apedrejaram, e nada disso me fez ser pior ou melhor. E diferente para mim olhar a chuva que cai diante de minha janela, paro observando e sentindo o vento tocar meu corpo e cada átomo me faz pertencer a este mundo em que os homens fizeram ser juntamente com a natureza, uma guerra incessante de poder e destruição - em meio a todo o caos, a luz da ordem vem vagando suas partículas aos poucos acalmando a feroz natureza, e todos os nossos gritos, choros e brigas - se tornam inúteis. Como uma ligação, tudo que buscamos vem sempre dessa vontade da natureza, ela nós leva, nós engana e nós faz viver. Não somos mais livres, descobrimos desde então, que não podemos ser livres - A nossa vida é uma prisão. Tudo a nossa volta tem sentido em si mesmo, em mil filosofias baratas, perambulamos sufocados de incertezas dentro de nossas vidas tão simples, tão majestosa nós parece a vida. Perto de muitos homens, e que a gente se sente melhor. Ser diferente, ser como disse na minha adolescência, ser o amor que move o mundo e o que nós resta. E que todo mal que fizemos em nome de nossas justificativas frágeis e momentos dos quais vemos seres maravilhosos se tornarem cruéis, foi assim que a natureza se perpetuou - ela fez do seu amor próprio sua força. E o nosso amor próprio e nossa defesa contra nossas querelas mais tolas. Recheamos o mundo delas e demos quase que todo o sentido de nossa vida a elas - por isso somos especiais.   

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