quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Quase poeta.

Fizeste nascer uma flor,
Em meio a escuridão?
Fizeste surgir o amor,
Onde tudo parecia em vão?

Você pode ser a primeira ou a última,
Uma parte ou um todo,
Um beijo ou um soco.

Mas saiba bem á verdade,
Ela não aceita uma só desculpa.
Se todos nos pudêssemos voltar no tempo,
Usaríamos outras palavras contra o mesmo vento.

Onde foi mesmo que buscamos abrigo?
Onde foi mesmo que éramos felizes para sempre?
Não me lembro do endereço!
Não me lembro, porque não desejo me lembrar
Tudo estava ali,
Onde não devia estar.

Dois dos maiores monumentos se ergueram na terra
Um deles é você e o outro se perdeu de vez.
Nada como um recado,
Nem tudo é eterno, seja ontem ou hoje
Somos breves passageiros do tempo
Bebendo o que não deve e comendo o que não serve
Mendigos de nós mesmos,
Todos os dias pedimos esmolas aos Deuses
E eles nos entregam meia duzia de velhos ditados,
Em que rasgamos, porque nunca podemos ler
Enquanto estamos ocupados querendo viver.

Há tão pouco a se fazer
Ou finjo que faço algo especial,
Ou finjo que faço algo inútil
Ou finjo que sou especial e inútil.

Pode ser sabe,
A pouco tempo me senti especial.

Há tão pouco a se fazer
Ou finjo que faço algo,
Ou finjo que amo você.

Há realmente quase absolutamente nada,
É muito inevitável,
Que há pouco a se fazer
Ou na verdade,
Não há nada a se fazer sozinho,
Mesmo quanto mais nos sentimos
Um estranho no ninho.

Há tão pouco de quase tudo
Que vez ou outra preferimos nada fazermos,
E ai inventamos um mundo,
Tentando se livra deste,
E isso que nós faz sermos quase felizes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário