segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Rose e o paraíso. [Parte 1]

Rose, morava em um lugar considerado o paraíso; ela tinha os melhores amigos e as melhores paisagens a sua volta; podia olhar todos os dias e nunca se cansar daquelas visões - que sempre surpreendiam. Rose podia escolher todos os vestidos e objetos que bem entendesse e comer o que quisesse porque o que existia naquela região era o que havia de mais saboroso do planeta. Andava no melhor piso e areia, o clima era tão agradável que seu corpo sempre se sentia confortável. Rose, podia sobrevoar e ter outras visões, podia saltar, pular, escolher a dança, aprender sobre o que bem entendesse; Ela podia se mover com qualquer tecnologia que desejasse e mais ainda ela tinha acesso a tudo sem precisar se esforçar para conseguir. Ela era muito linda, todos os homens mais belos e inteligentes desejavam conquista-lá; No entanto, ela sentia que algo lhe falta - Faltava algo também em todos esses homens; Faltava algo depois do silêncio dos amigos e quando estava sozinha, faltava algo diante daquelas visões estonteantes, faltava algo na sua beleza e na sua riqueza; Faltava algo nos objetos e em sua casa grandiosa; Faltava algo naquele clima agradável; Faltava algo em meio aquelas conversas; Faltava algo para que ela pudesse sorrir e sonhar; Faltava algo dentro de sua alma que desse sentido para que todas aquelas coisas em volta pudessem ter vida; Faltava a Rose o amor que encanta todos nós. Então ela começou a procurar; Entre o papo daqueles homens, como desconhecida no salões de festa do reino; Rose foi ate a praça com seu cachorrinho e nada de aparecer nenhum Príncipe ou mesmo alguém que pudesse acompanha-lá. Rose não queria mais caminhar nem mesmo ouvir falar de nada; Se trancou em seu quarto e apenas balbuciava algumas palavras dizendo que tudo era entendiante demais. Certo dia alguém ligou a TV, e ela escutou do quarto uma canção romântica - logo em seguida alguém disse algumas palavras -  "A flor de lótus é uma flor que no Budismo simboliza o coração fechado e quando desenvolvermos as virtudes da alma ela se abre..." Aquilo ficou na cabeça dela. Anos atrás Rose se lembrava que havia ganhado uma flor de lótus de um garoto, do qual ela não gostava; por estar apaixonada em outro rapaz que nunca nem sequer olhava para ela direito. O que deu a flor a ela - era o mesmo que havia escrito um bilhete contando a história da flor. Ela ficou extasiada com aquela entonação da voz grave e com a postura daquele garoto que antes parecia apenas alguém se passando como ridículo do qual ela e suas amigas zombavam. Não pensou duas vezes e ela queria descobrir; quem era e como estava aquele garoto, mesmo que fosse de longe. Não porque ela agora o amava, mas por sentir que ele trazia algo que fazia parte dela - de uma época mais inocente, mais pura em que ela era apesar de ter ignorado ele - capaz de amar e de se encantar de verdade por alguém. E ela quis entender porque ele mexeu tanto com ela, apenas falando sobre uma flor. Ao pesquisar descobriu que ele estava numa cidade um pouco distante, e não pensou duas vezes se dirigindo para lá.
 

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