sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Ela e ele.

Ela sorria e vivia feliz; como quem se sentia livre de tudo que pudesse sufoca-lá. Ela estava como talvez um dia sempre quis estar; longe das gaiolas e da rotina diária de ter que dar satisfação. Usava roupas e um pouco de maquiagem, uma festa, um evento, um convite era isso que a fazia feliz.  Ninguém podia dizer que ela encontrava-se triste diante de tantas e tantas aventuras em que ora estava em um lugar; ora em outro. Muito pelo contrário, não via falta de coisa alguma, muito menos de alguém quem sabe algum tempo antigo - a saudade era mínima e assim vivia tranquilamente a vida demonstrando sua alegria. Recebia carinho e amor de quem achava que devia receber; Até mesmo de gente que mal se sabe bem a respeito. Não importava se um dia sequer houvesse errado, se houvesse desistido - porquê estava feliz com uma nova vida. Um solitário garoto era praticamente o inverso do modo como vivia a vida em certas questões talvez eles podiam mesmo pensar iguais. Ele não se sentia bem caso tivesse que agradar alguém para fingir o que quer que fosse, não amava uma multidão nem sentiria bem fingindo algo para que pudesse entrar em algum grupo ou pertencer alguma classe, conhecia muitos e de certa forma sabia mais ou menos como cada um se comportava, sabia até onde ir e até onde não - gostava de dar risada com quem entendia seu jeito meio bobo, despretensioso de viver a vida. Amava seus velhos amigos e respeitava os teus conhecidos. Quando desejava falava algumas coisas, sentia que cada acontecimento mágico poderia um dia ser melhor; guardava em si uma esperança. Não achava que vivia feliz, porquê por vezes pensou que a felicidade só pode existir compartilhada com amor - o que não o tornava triste, apenas podia se iludir algumas vezes antes de viver um pouco a realidade. As palavras eram profundamente sagradas para ele. Ela preferia arrumar o cabelo e sair de casa; Ele só queria uma casa bonita, um belo jardim e viver um simples sonho. As palavras eram fundamentais para o seu frágil coração que sempre no fundo desejou uma vida em que a própria rotina pudesse ser compartilhada entre dois mundos e que todo o resto fosse apenas um reflexo do que ele podia aprender; do que ele podia sonhar. Acima de tudo o encontro com outro mundo que fala uma mesma língua e o mundo que ele com o qual sempre sonhou viver.       

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