quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Ele procura almas.

Ele procura almas em meio as pessoas da cidade; transladando como quem conhece o que procura, vê toda a beleza refletindo apenas imagens sob o prisma da visão. Nas calçadas do centro a vida longe de ser algo que o surpreende; ele só se preocupa com o que vive dentro. Procura almas e ouve histórias tremendamente estranhas, algumas engraçadas e outras tristemente reais. Ele não quer saber de imagens, de palavras com joguetes, não impressiona o monumento mais bem definido o alongamento ou formação escolástica. Ele procura almas como se elas existissem, procura entre um casal e outro e tudo que vê são palavras envolvendo uma ligação a outra. Tudo que ouve leva um pouco consigo, carrega um sonho, um desejo, uma nova visão. Quando puxam seus braços para ver a beleza, ele nem sequer se surpreende mais. Quando dizem que ela é gentil, meiga e educada... que fala com sutiliza, quando dizem que ela cumpre o que diz e que não desafina diante da razão. Pode até ser do que ouve dizer prefere sentir, do que não ouve dizer faz questão de ouvir por si mesmo. Ele é o homem que procura almas... como os velhos ricos procuram beleza, ele quer sentir o que vive dentro da gente, o que mora na tempestade do próprio íntimo. Ele sonha como os viajantes do século das luzes. Quase encontrou uma alma viva, enquanto procurava companhia ficou encantado por haver no mundo algo que realmente fizera parte do teu. O homem procura almas e os homens estavam ocupados procurando corpos.. o homem que procura alma escrevia poesia como quem ama alguém de verdade.

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