segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Um texto não lido, não feito e nem publicado. (Sobre o ano 2002)

Um texto não lido, não feito e nem publicado. Ninguém fala da menina e do menino da rua 1013 a moça abria a janela pela manhã ao som de Metallica, o garoto havia comprado seu primeiro carro e achava um máximo acelera-lo na avenida quarta radial. Eles viviam em um universo que não existe mais, onde as palavras já não são mais as mesmas e nem o sentido delas, eis que começa nossa própria história contada por ele como se fosse eu, na verdade, não foi contada foi demonstrada como se fosse uma história real. Na rua onde eu não passo mais; onde você nunca mais passará; seus olhos cheios de sonhos um dia passavam como se desenhasse o seu próprio destino. Cruzamos certos olhares, lembrávamos daquele instante e fomos livres - perguntava sobre o mesmo Rock e sobre os signos que compartilhávamos; você pesquisava junto e pensávamos que o destino reservou um encontro naquele rua e naquele tempo onde um dia passou tantas almas e corpos carregados de uma porção infindável de planos. Você beijava com Bubbaloo e eu com Big-big. Desejava um carinho, um abraço e quase sempre uma atenção. Uma carta nossa lida depois de trinta anos emocionava qualquer um que pudesse senti-lá. Mesmo quem não viveu tudo aquilo amaria ter vivido, na rua onde seu nome nunca mais foi e nem será pronunciado, onde novos rapazes esperam para um encontro de almas ou de corpos apenas quem sabe eles pudessem ouvir dizer de tudo que dizíamos um ao outro. Desde sempre perguntava-me sobre o destino, mudei a rota algumas vezes para fugir dele - segui a mesma rota para encontra-lo, a maioria das coisas do que aconteceu foram imprevistos estranhos dentro da alma. Seja entre o que fez bem ou mal, percorrendo ou não - era mais difícil segui uma trilha da qual sentia mais tristeza do que felicidade. Nunca consegui entender esse tipo de sentimento que tenho profundamente dentro da minha alma - sobre essas ruas e praças, chega a ser algo que me faz querer chorar estranhamente. Você era uma parte que eu imaginava ser a mais bela possível. Quando ouvia alguma história de alguém mais velho, imaginava sempre algo a mais - sempre um encanto muito maior do que alguém me contava... parecia que só aquilo não me contentava e eu era alguém de um destino muito diferente, as coisas ocorriam e eu não entendia absolutamente nada. Porque parecia que eu era uma terceira pessoa tendo que viver em primeira e segunda. O que os garotos mais velhos diziam eu começava a compreender; e sempre me interessou uma história com encanto, seja como for eu não saberia apenas conquistar o que quer que seja, sem que houvesse um brilho a mais; e realmente a timidez permeava relações e excluía certas pessoas. O estado de espírito quase sempre deve ser responsável por muita coisa da nossa própria conduta. Nunca gostei de pessoas que pudessem de alguma forma, maltratar ou diminuir quem quer que seja - eu me sentia um justiceiro dos mais fracos. Nada melhor que fazer de alguns momentos da vida um verdadeiro encanto, por simplesmente na verdade - ser de fato, por mais raros que sejam - eles existem ou podem um dia existir. Somos responsáveis por uma parte da nossa história e somos sempre reféns do que o mundo vem nós dá - e ai que se encontra a grande questão e que tudo começa a desfazer alguns sentidos - e pelo amor compartilhado e que nós nos livramos de um mundo que não queremos e que de certa forma achamos até que não pertencemos, foi assim que fizemos naquele tempo onde tudo era descoberta - e tudo ainda pode ser que seja uma. Muita gente fez a gente não acreditar mais nos nossos próprios sonhos, e eu digo que não precisamos de muita coisa - basta um só amor verdadeiro para nós fazer sonhar.  

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