sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Do meu jeito.

Pega-se uma meia velha e bota em seus pés. Com o tênis beje novo entrelaçando os cadarços, amarrando-os. Passa-se o perfume na nuca e em seus pulsos. Olha-se no espelho e a barba imensa movimenta ela de modo que fique onde está, desembaralha uma parte do cabelo. Aperta os cintos da bermuda e calmamente se olha no espelho com olhar fixo e argumenta-se por alguns segundos consigo mesmo. Abaixa-se o frio do Ar condicionado, e aumenta a música que está tocando. Senta-se na beira cama e se olha no espelho, parado na mesma posição. Como um lutador sozinho, e solitário que foi abandonado. Quando se fala se enrola embaralha cada vez fazendo de um problema resolvido em menos de cinco minutos, um outro bem maior. Trazia-se uma parte importante que nada destruirá e a outra parte se zangava e humilhava tudo o que falava e sentia, como se fosse assim mesmo. Queres sofrer ou amar? Que tal crescer? Que tal ser homem para resolver um problema e criança quando for amar? Ter alguém e sofrer com coisas pequenas, de que vale ter duras penas? Ou ficar sozinho e sofrer sem o que amas, para se enganar em meio ao mundo? Não há mais jeito, para o poeta sem jeito, não há mais jeito... e seguirei mesmo assim, do meu jeito sem jeito!  

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