quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um Dia Vou Escrever Um Drama.

Ela o olhou como quem olha alguém que já havia conhecido, ele não a achou bonita de início, mais gostou do modo como ela o olhava. Ela tinha um corpo franzino e os cabelos dourados. Eles eram pré adolescentes descobrindo o mundo. Posteriormente a vida se seguiu e ele a conheceu como um desses encontros que não sabemos o porque acontecem. Ela gostava de livros, era da religião espírita como sua mãe. Gostava de dogs e falava um pouco de francês. Ele não conhecia muita coisa do mundo exceto algumas coisas que leu por mandarem ele ler, menos ainda de livros complexos ele não os comprava e não tinha nenhuma religião. Gostava de ir descobrindo as coisas aos poucos como quem descobriu que há muitas outras ruas além da própria quadra. Eles se davam super bem, ele era engraçado e ela também - havia encanto entre os dois. Ele criou a imagem de que ela gostava de festas, numa época em que as boates e as músicas eletrônicas eram a febre entre os jovens. Ele já havia experimentado bebidas antes e também conhecido embora pouco relacionamentos com outras mulheres das quais não o empolgavam tanto. Ela também já havia passado por isso, e desejava ser feliz com alguém que se importava realmente com o que ela sentia e com o qual ela pudesse amar de verdade. Havia uma boate famosa que abriu e quase todos estavam a conhecendo e visitando-a. Ele gostaria de leva-lá e não tinha condição nenhuma, ele era muito jovem e sem trabalho e dinheiro; ela estava impaciente reclamava ao amigo incomum de ambos: - Ele não toma iniciativa e já estou sem paciência, você sabe que não tenho paciência. Ele ta muito fraco, to quase desistindo. Ele soube dessas palavras. Ele era muito tímido e achava que teria que ter sido especial este encontro entre os dois. Talvez a gota d'água foi quando ela o chamou para beber numa praça ou distribuidora próximo a casa dela e ele não quis por querer algo mais especial para o encontro dos dois. Depois de tudo isso ela foi num show que ele também foi. Ele a encontrou na saída ela estava acompanhada de outro rapaz, mais sua irmã que passava mal por excesso de vodka vomitava na calçada também acompanhada por outro que só olhava ela vomitando. Ele a viu, pois o cabelo rosa de sua irmã eram conhecidos de longe, a ajudou com um comprimido de engov para que ela melhorasse. Ele então foi embora arrasado com o que vira. No mesmo dia. Ela apareceu num vídeo e chorou por tudo que aconteceu. Já havia ele ficado com uma moça dias atrás e decidiu namora-lá. Eles nunca mais iriam estar ou ficariam juntos. Ele lhe deu um livro velho de Hermann Hesse sobre como a vida mudava tão rápido, entregou o livro nas mãos da mãe dela sem vê-la. E desde então eles nunca mais se falaram, ela se mudou para outro bairro distante. Eles se viram poucas vezes em alguns lugares e ela apontava o dedo para ele mostrando para quem estivesse ao lado dela, e ele ficava extremamente sem jeito e sem graça. Quando um dia ele decidiu falar com ela depois de muito tempo, ela disse que não chegaram nem a se conhecer direito para ele dizer algo a ela. Após isso ela nunca mais respondeu mensagem alguma, não demonstrou sentimento algum. E desejou matar qualquer coisa que viria depois sobre toda essa história. E hoje ele tem dois filhos, toma conta de um oficina herdado pelo pai. Não ficou com a primeira esposa, menos ainda com a segunda da qual teve outro filho. Tudo poderia ter dado certo, se o que sentiam realmente valesse a pena para que ambos fossem viver a vida juntos e com a sua história inocente que fizeram questão de perder. Ela hoje passa vida bebendo e se envolvendo com imbecis que não a valorizam e que cada vez ela tem menos apego e amor por tudo. Nem tudo na vida são flores, e creio que pequenas histórias que conhecemos como essa podem nos mostrar e responder muitas questões da vida. Essa história metade inventada e outra parte real, que ouvi de alguém pode se confundir com nossas próprias vidas.      

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