segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Somos Velhacos Sensíveis.

Um velho olha as horas parece estar apressado. Enquanto o jovem deita olhando para o céus sem se preocupar. No vento e nas nuvens a sempre muitos sinais, todos anunciam um movimento ininterrupto de tudo que existe. Receitaram aos nobres um sorriso que seja por dia, mesmo em meio a qualquer tristeza. Anunciei as minhas lembranças que venha as boas e o que não for bom, não se toca nem se perde tempo tocando no assunto, deixe apenas para o sofrimento próprio. Escrevi meu livro com letras curtas e com cuidado para não borrar as páginas de minha própria imagem. Quando fui um guerreiro e não temia nada e sempre pensava que era mais forte do que realmente era, porque conhecia tão pouco de tudo que era simplicidade. Os pássaros em excesso cantarolavam sem parar - e nos estávamos perdidos sem um nosso lugar em meio a toda natureza, estávamos perdidos do lugar em meio a toda tecnologia desenvolvida. Éramos velhacos sensíveis que escreviam poemas vergonhosos para mostrar. Éramos doentes diagnosticados pelo novo médico de almas com os apaixonados sem juízo algum. Confesso que achei estranho que a sensibilidade tenha se tornado algo patológico e que amar alguém estaria ficando meio fora de moda. Éramos velhacos que ainda gostavam de cartas, e de dizer a todos o que sentíamos não como doença, mas como forma de viver.    

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