Quando o mar não esconde segredos.

Devia ter deixado de acreditar em tudo rapidamente quando você me disse Adeus com seu olhar sem vida; Tudo o que houve, não devia ter realmente feito sentido algum; Mas infelizmente fez. Não é aquela pessoa vazia de que se odeia estar por perto - é uma outra dotada de uma sutil e poderosa forma de amar. Na vida, não temos a opção de deletar e pronto, tudo está resolvido então. Não sei se ainda algum dia olha ao céu; ou se lembra de como se moviam as ondas do mar. 
Cada palavra arrancada da alma; e cada suspiro de amor jogando no meio fio de uma cidade sem alma jamais será preenchido por qualquer que seja uma outra vida. Incrivelmente ainda sinto em um bairro cheio de becos e com praças estranhas; um sentimento puro de que as pessoas que se amaram na pureza da inocência não frequentam mais aqueles lugares. Nunca fui tão certeiro nem tão poeta, nem tão músico nem tão atleta. Devia ter renunciado a tudo; não devia ter sido eu mesmo no mais alto grau de agir da minha própria maneira de ser. E estranho ser enganado; e ainda amar esse engano como se tivesse vida eterna. Foi um sonho tão alto que não pude alcançar sua imensidão. Foi uma vida tão simples que não pude deixar de amar mesmo sem vivê-la. Era doce a caminhada; se fazia frio ganhava-se um abraço, no calor ligávamos um ar condicionado e no amor tudo era desejado; Tudo era realizado aos poucos e de uma maneira naturalmente como se tudo tivesse sido feito.
Não foi um encontro; foi um acontecimento que só teve valor de verdade a uma pessoa. Ter que falar; sentir; pensar; que nada foste como devia, sendo que parecia tanto ser; não é nada sinceramente mágico, embora sentisse magia e saudade do que nunca foi o que parecia ser. Existe beleza no engano, mais ainda beleza na verdade quando o mar não esconde segredos; eu posso beijar meus sonhos quando meu coração for de verdade mais puro que meus pequenos erros. Eu sou o capitão do meu navio! E a roda do leme levo para onde posso ser mais feliz.