quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Buda - O 'despertar'


Talvez seja ele o maior negador do ser humano em vida. Sidarta Gautama o famoso Buda, filho de um nobre, viveu como príncipe no Nepal e usufruiu dos prazeres e das riquezas de nosso mundo. Ele por não encontrar a felicidade em nossos passageiros prazeres não desejou uma certa felicidade a curto prazo. Não amigos, ele não criou e nem louvou um Deus para pagar seus pecados, para acabar com seu sofrimento, para ir para um reino dos Céus, não fez nada disso. Ao invés de uma revelação divina nosso querido comedor de bolinhos de arroz resolveu seguir um caminho diferente - percebeu que o sofrimento é universal, pois ao existirmos nós nos deparamos com a frustração de nossos desejos e expectativas sobretudo em relação ao mundo e as pessoas a nossa volta. E esses desejos seriam de certa forma nosso apego aos prazeres sexuais, nossas ambições pessoais, nossa vontade de ser melhor, nosso apego aos bens matérias, etc. E para ele satisfazer esses nossos desejos são coisas que apenas nos dão uma gratificação a curto prazo e não a felicidade ou paz de espírito. Sua receita foi seguir o inverso - essa é sua cura, devemos então para não sofrer seguir quatro nobres verdades: Sofrer para ele é parte do existir, então a causa do sofrimento tem origem nos nossos desejos (por prazeres sexuais, apego dos bens e ao poder mundano) Para acabar com nosso sofrimento ele receitou - devemos praticar o desapego ao nosso desejo (anseio) e a nosso apego, devemos desconectar do mundo material. E o caminho é esse, eliminar o desejo (pois para ele ai mora o mal e a origem de nosso sofrimento) e superar nosso ego (superar a nos mesmos, nossa própria natureza.) Sidarta abandonou o castelo e uma vida de luxo, abandonou sua esposa e seu filho, para dedicar sua vida a espirituosidade e aquilo que acreditava. Raspou sua cabeça para renunciar ao mundo material, recusou nossos prazeres transitórios e nossas satisfações a curto prazo. O nirvana seria essa desconexão de nossa natureza instintiva para com o mundo. O nirvana seria o não apego, não aceitar (ser o que é). Para Buda o nirvana era - por assim dizer "não nascido, não originado, não criado e não formado" para ele como somos transitórios somos sem substância, somos um 'não eu' ao invés de um 'eu' único diante de uma eternidade.       

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