domingo, 14 de dezembro de 2014

Minha liberdade.


Como um tiro certo é sempre um tiro certo. Não há dúvidas sobre o que sentimos se é algo bom ou ruim, neste momento e claro que não sabemos ao certo o que esses encontros e desencontros malucos podem gerar se essas vontades possam ter objetivos a mais do que nos deixar felizes. Me sinto em êxtase por todas essas doses e mais doses de poesia advindos de alguém que só se espera um belo retrato para se olhar e se encantar pelos olhos, sem culpa nenhuma resolveu chegar também para encantar os ouvidos e os lugares por onde se passa. Tudo tem seu tempo, seu lugar, seu instante, sua finalidade, sua maneira e nós temos o nosso. E é lá na frente, muito mais a frente que esperamos o inesperado e de repente o inesperado vem com uma presença louvável. E ai eu digo a mim mesmo, desculpe não era para antecipar sua vinda. E para depois das várias tempestades emocionais, das várias criticas e lamentações. E fato era para ser depois dos vários erros ainda não errados. Para só depois a gente desfrutar da calmaria. Não caibo em metade, porque tudo é imenso demais. Tudo é diferente diante de ti. Tudo é mágica e não sou tão bom mágico. Ainda sou aquele menino que fecha a porta para as visitas indesejadas, que fala meia duzia de palavras quando se sente vontade, ainda sou aquele menino que tem um olhar simples acanhado e que defende com todas as palavras e mais algumas ( que não devem ser ditas) suas crenças, convicções e desejos. Hoje possuo uma liberdade sem temor, sem medo, sem desventura. Hoje me visto com um pouco mais de classe que outrora. Sou meio Sêneca (de nada espero muito) ou meio Nietzsche (aceitando o amor fati.) Passei muito tempo da minha vida negociando comigo mesmo os meus próprios caminhos e descobri que eles me ensinaram muito mais onde não se deve pisar do que onde se deve, e mais que isso me ensinaram o quão belo é caminhar sem ficar sentado esperando o que não existe, porque o que pode existir sempre tem me surpreendido mais do quando eu esperei. E por isso que muitas vezes nós tornamos tudo inexplicavelmente inexplicável.   

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