segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Textos escondidos. [quando as alma se conectam]. Parte 1

Havia feito um acordo com minhas convicções e elas aceitaram perfeitamente, porém logo em seguida os meus sentimentos afirmaram com tanta clareza que aquelas convicções tiveram que compreender melhor o que estava profundamente acontecendo, e parece-me em toda regra sempre há uma exceção - eis porque um imbecil nunca muda de opinião sobre qualquer coisa que seja. Não, eu não explorei os grandes continentes nem enviei sondas ao espaço sideral. Em dois casos encontrei algo muito melhor há 3 quarteirões de minha casa, ela tinha os olhos grandes, as bochechas brancas com covinhas, alguns dogs e cerca de 40 poucos kilos. As vezes passava pela minha rua, as vezes por outra mais distante. Era uma moça tímida, andava de cabeça baixa e não parecia muito ligada em quem ou o que estava a sua volta. Porém como todo tímido sabemos muito bem - por dentro sua cabeça frágil fervilhava de ideias, sonhos, decisões a serem tomadas e o tempo assim corria e nos dois sem saber como é que tudo acontecia. Eramos tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes. Eramos jovens como todos os jovens que estão descobrindo um pouco das coisas ali, identificando e separando o que é bom do que é ruim, mesmo sem saber ao certo apenas com o sentimento do que é sobre o que não é. Ela ia a igreja, eu ia ao Shopping. Ela orava a Deus e eu cantava Rock. Eu jogava Vídeo Game enquanto ela assistia a TV. Ela brincava com seus irmãos e eu jogava bola. Eu discutia sobre desenhos e ela sobre seu cabelo. Eu tentava me vestir como Fred Durst ela se vestia como suas amigas. Não quis o destino que eu olhasse nos olhos dela, não naqueles tempos, nem naquele instante, nós teríamos que esperar assim como uma fruta doce espera o tempo para amadurecer.      

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