segunda-feira, 14 de março de 2016

Se você não pode sentir o que um escritor escreve - melhor nem lê-lo. (Escrever é uma arte entre a alma e a razão.)

Não era momento de falar alto ou fazer gracinhas. O caos ocorria por de trás de tudo para haver a ordem universal - malabaristas jogam bolas em zig-zag para o alto, com o objetivo de não deixar cair nenhuma - mas logo se cansam. Tudo volta há acontecer - a interminável dança do espaço-tempo prossegue sem parar. Pessoas vão a rua querendo que a Dilma saia, que prendam o Lula, que a corrupção e desvio de verbas acabem de alguma forma. Matemáticos corrigem provas e físicos procuram um vetor ou sinal errado para marcar um X e dizer que não foi seguido o que se aprendeu em detalhes e na ordem certa. Uma menina briga com seu namorado por ciúmes; outra resolve desabafar e dizer que nada dá certo em sua vida - ou melhor em sua alma. Robert toma sua água e pega um doce para diminuir o gosto amargo da língua, em pouco tempo as aventuras de sua alma sofreram tantas reviravoltas que ele nem sabe mais onde foi que parou ou onde realmente ela se encontra. Seu corpo permanece firme como sua juventude. O colega ao lado não para de olhar no relógio desejando que o tempo passe, outro do outro lado da sala parece não se importar e quer que o tempo não passe quando ele parece está tendo uma conversa interessantíssima. Robert costuma ser generoso quando tem ajuda, e quando não tem os outros os ajudam. Como a informação chega a todo instante fica difícil pega o essencial, deveriam ser poetas os que nos informam sobre tudo -> Os professores enchem o quadro e no final dão risada porque demoraram também para eles terminarem de resolver e explicar cada detalhe. Dizem 'agora é com vocês' e saem para tomar um café. A menina do outro lado olha Robert como quem quer dizer algo, ele não sabe o que é. Robert pega o que pediram para fazer e como aprendeu a escrever com os maiores escritos do mundo, rapidamente escreve e responde as perguntas sobre interpretação entrega e vai embora. Um filho com sua mãe se senta no Shoping para comerem alguma besteira, e um momento mágico e único. Que nunca devemos esquecer e nem sabemos medir o valor disto. Você pode olhar um milhão de vezes para o mesmo lugar ou estar num mesmo lugar; um escritor de verdade nunca irá descrever ou vê-lo tudo aquilo do mesmo jeito ou é maior que antes ou não terá importância e mesmo assim ele fará tudo aquilo brilhar - porquê nas mãos dele é preciso da arte para viver.      

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