terça-feira, 26 de julho de 2016

Eu de verdade, você de mentira.

Pensei que era você; que falava aquelas coisas, que me fazia especial. Pensei que era você que se 
lembrava de cada detalhe, que se vestia e mostrava seu mundo apenas para mim. Que belo engano! 
Pensei que era eu e você diante de tudo com todos os nossos segredos. Pensei que iriamos ver a lua 
e correr no meio da rua. Pensei que fosse parte dos teus sonhos e que nunca iriamos romper, exceto se a morte abatesse sobre nós; 
Pensei que todos os dias fossem nossos, que o beijo fosse bom, que o abraço fosse eterno e que as palavras fossem de verdade e para valer. 
Pensei que faltava apenas viver todos os sonhos, e que nada mais importava - apenas o fato de 
estarmos juntos. Pensei que nossas almas bastavam-se para respeitarmos e amarmos um ao outro. 
Pensei que fôssemos únicos como a lua, que fôssemos intensos como o brilho do sol!
Pensei que a saudade fizesse falta, que as palavras fossem sinceras, que o gestos significassem a verdade. 
Pensei que o dia perdesse o sentido se não estivéssemos mais juntos, que nunca mais 
que não haveria significado ao meu amanhecer. 
Pensei que a ordem do universo perdesse o rumo, que a vida perdesse a graça e que nada nem nunca fosse substituir o momento que a felicidade não existisse sem eu e você juntos.
Pensei que o mar não falasse com a alma que nunca pode haver calma se seus olhos não vissem mais os meus. (Como pequenos vaga-lumes)
Pensei que você sentisse algo, que fosse como alguém que sonha, que nunca pudesse dormir 
tranquila sem um boa noite qualquer de quem ama de verdade, um homem ou uma mulher. 
E sem saber quem era você todos os dias, todos os anos, todos os segundos e todos os instantes. 
Pensei que você existisse um segundo que seja, um dia talvez, um final de semana, um 
segundo, uma risada qualquer; uma simples respiração por perto. 
Pensei que houvesse encontrado um tesouro meio bobo e enrolado dentro de um baú sem chaves, 
e não era nada; Nada mesmo do que pensei era você, nada do que sonhei, fui enganado com sombras na parede e acorrentado dentro da caverna, nos pequenos momentos em que eu via e escutava alguma coisa que parecia significar algo no teu olhar; Tudo na verdade era ao contrário e só havia apenas um otário neste cenário. 
Pensei que algo tinha valor; que entre tudo que aconteceu houvesse de verdade: Amor! 
E só eu pintava, sozinho; Desconhecido, solitário, um quadro cheio de paisagens, eu de verdade, 
você de mentira; você fingia viver tudo! Eu era o eu e o você.
Pensei que fosse real, o passado e a imensa luz das estrelas, no entanto, o real e o hoje,
o agora e o que sou, nem um milhão de palavras me definem! E uma só pode dizer o que 
aconteceu, pensei que fosse de verdade; Que você existisse, que não era um engano, 
que não era desprezível, que prestasse, que houvesse responsabilidade, que tivesse alma e coração, que acreditasse, que olhasse o mundo 
com os olhos de uma verdadeira menina, que fosse uma princesa. Pensei que você fosse viva! (E nunca existiu!)
Pensei que realmente existisse, o problema era comigo e sempre foi: eu de verdade, você de mentira. 

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