terça-feira, 29 de novembro de 2016

Chapecoense.

Parece que a vida para e começamos a refletir depois de um acidente como este, quando um avião cai o estrago parece ser maior proporcionalmente do que se fosse um acidente de carro ou ônibus. O impacto é maior; e no entanto,
ainda assim é mais perigoso pegar a estrada do que os céus. Parece que não caiu a ficha, e o tempo parou querendo dizer algo para a gente. 
Estranha sensação, e uma tristeza geral do homem que serve lanche ao dono da padaria. Ficamos chocados, e se fossemos contar o número de jovens mortos pela violência ultrapassaria o que aconteceu - e nisso ainda há gente que critique a divulgação de tamanho desastre. Na boate Kiss eu fiquei imaginando aquelas meninas presas no banheiro cerca de oitenta mulheres sem saída - isso dói muito. Justamente um dia antes eu comemorei com muita alegria o título de meu time do coração e da minha alma; no outro não havia nada o que comemorar. O time com o qual muitos de nós iriamos torcer para que vencessem o campeonato; de repente aquele time que deu alegria aos amantes do futebol, teve que nós deixar. Estava escrito que esse era o destino, e não queremos crer que estava, não queremos crer que fosse esse destino, tão triste. E muito difícil dizer algo, o silêncio responde o quanto somos frágeis, me recordo de voltando para casa na ultima vez que estive em um avião e ele descia e subia como se não tivesse nada segurando a aeronave, como se o piloto desligasse e ligasse ou estivesse brincando conosco; Acalmei uma senhora ao meu lado dizendo que era normal, mesmo sem saber o que estava acontecendo - chovia, e nada podíamos fazer ali - Apenas esperar; felizmente tudo ocorreu bem, e fiquei feliz de voltar a minha terra. Esta tragedia e um sinal de que devemos fazer o que é certo sempre, que devemos escrever nossa história por aqui a cada dia, se possível a melhor e maior vida que podemos viver.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário