domingo, 13 de novembro de 2016

Novembro.

Esperava o metrô para chegar a estação 261; seu silêncio se encontrava apenas nos seus atos, por dentro achava quase tudo um saco - por dentro queria ser uma pessoa que vivesse intensamente também por fora. Quando nada ocorria como planejado ou se não tinha seu desejo imediato naquele instante se aborrecia. Achava que cada segundo que lhe pertencia em sua existência,
seria julgado. Não fazia sentido mudar o modo como se vestia, menos ainda o modo como pensava e acreditava em tudo (mesmo que não fosse real). Ela se aproximou e lhe perguntou onde era a estação central, ele apontou o dedo e disse é logo ali; Ele sabia onde era o lugar que se encontrava as coisas, mas não como se encontrar. Quando criança esquecia-se de rezar; quando
adulto a reza era para que não existissem deuses. Gostava de algumas meninas e nunca viu em nenhuma uma bela canção para que cantassem juntos - para que aprendessem juntos e sonhassem juntos. Ao fundo dizia que lutaria se amasse e fosse também amado; ao fundo e em volta, ou havia excesso demais no mundo ou faltava tudo em excesso. Era novembro; chovia, era o mês
em que ele um dia sonhou em se casar, porquê era próximo ao natal e próximo ao 'ano novo e uma vida nova'. Ele achava lindo e sentia como uma alma que as palavras poderiam descrever quem era de verdade, que as palavras poderiam mudar o seu mundo e tudo a sua volta com pequenos versos em frente a bela praça. Não havia necessidade de muito luxo, era somente as pequenas coisas que o deixavam feliz. Certo dia encontrou um escritor que era o poeta que vós fala e ele lhe disse "Eram coloridos os sonhos dela com uma luz de natal, eram bonitos os sonhos dela como uma luz que vivia entre o bem e o mal." 

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