domingo, 20 de novembro de 2016

Despedaçando folhas.

Quase não havia nada em comum; 
Tudo que você amava, eu odiava. 
Tudo que você dizia vê ingenuidade, eu via maldade - e vice-versa;
Tudo entre nós era julgado, desde daquele dia passado, ao mais recente. 
Não seria mais sensato viver ao invés de questionar tudo que não tinha valor? 
Mas quem acredita em que pode trair uma alma e a si mesma?
Quem acredita que os anos são sinais de sabedoria; 
Sem procurar um sentido pra vida?

Toda dúvida torna tudo ainda mais confuso, a confiança não nasce do dia para a noite, porque ela requer tempo - até amadurecer e uma estrada tão longa no espaço-tempo; 
Nosso coração ainda é muito infantil, ele não sabe brincar com a solidão de sonhar sozinho.

Mas de verdade quem era você afinal de contas, 
A proprietária da loja ou a atendente educada?  
Eu era apenas o menino debaixo da árvore, despedaçando folhas e fazendo versos. Ladrão da vida e quase tudo aquilo que não confesso. 

Comprei três laranjinhas e a que não gostei dei para alguém que não conheço, a que gostei guardei para mim; e a que não experimentei, dei a quem amo; Ela logo me disse que é bom
mesmo sem eu nem sequer ter provado, sei que é; apenas, porque é a melhor parte de mim.  

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