segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Futebol.

Sim, é apenas futebol - uma bola no campo e alguns homens correndo, uma torcida gritando emocionada torcendo para que vença. Quando eu era criança e jogava bola, poderia ter escolhido qualquer time o Flamengo por ouvir dizer que tinha a maior torcida, o São paulo, Corinthians, Santos por causa do Pelé ser considerado o maior jogador do mundo, e por ai vai. Não foi nenhum desses que me encantou. Havia um time nos anos 90 bem diferente em que se tinha os melhores jogadores que um time podia ter. Havia alguns amigos que torciam por ele, depois de sermos campeões em 1999 eu senti algo diferente, senti que aquela camisa e aquela torcida pertencia a mim de alguma forma - eu era parte deles, e me tornei um deles desde então; Parece que tive que defendê-los contra todos os outros times
e torcedores rivais. Tive que não gostar de outros times, e aquela rivalidade e tão estranha que também acabei torcendo contra. Por muito tempo após a minha infância pude sentir novamente essa sensação crescendo de ver um time embora não brilhante como antigamente, mas isso é do futebol em geral faz muito tempo que não vemos um time que nós encante os olhos. O futebol mudou, as emoções não. Falta apenas um ponto e iremos comemorar um título nacional novamente, título este que temos mais do que todos os outros times;
O Palmeiras é o maior campeão nacional, nenhum time foi tantas vezes campeão em sua história, e voltarmos a um título de expressão nacional depois de tanto cair nos últimos 16 anos, sofremos muito e sentimos isso juntos; vencemos 
um paulistão e uma copa do brasil e amargamos dois rebaixamentos. E como a vida sempre da voltas, nós nos levantamos e iremos comemorar um título que não víamos desde dos tempos em que eu era uma criança, aquela criança que sonhava tanto. O que acho mais belo e que quando criança, quando eu via o Alex jogando ou o Evair fazendo gol eu achava que tudo era possível, que basta querermos. Que a qualquer momento cada um deles podia vencer todos os outros e fazer um gol, todos nós podíamos ser 
o que quiséssemos se lutássemos, acreditássemos e tivéssemos vontade. Eu acreditava que não havia nada impossível - e esse espírito acaba meio que se perdendo, mas a imagem de ver o Alex entrando no gol com a bola, contra o São Paulo faz com que eu ainda no fundo, sonhe e de certa forma ainda acredite até mesmo que tudo seja possível.                 

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