sábado, 19 de setembro de 2015

Epiderme.

Quem não sonha mais
Que dois pássaros no infinito
Deixando tudo para trás
Tudo agora é nada 
E o nada sobrevoa por sonhos 
E mais sonhos irreais.

Que simples olhar as coisas
Viver de esperança 
Que tudo é um não ser!  
E todo ser deixará para trás uma história, 
Para não se repetir com os seus ancestrais.

Que fazes um homem 
Com rimas banais, com discursos intelectuais
Se a sombra não cobrir o sol, 
Posso queimar todos os sonhos que tive?
Posso fazer tudo de novo de outra forma, fingindo não ter memória?
Posso então ser outra coisa?
Posso matar a mim mesmo aos poucos
Em nome de uma vida diferente?
Posso matar os sonhos dos outros,
Com meus novos sonhos agora?

Quem vai me punir?
Quem vai me impedir?
Meus crimes não estão previstos
Se ocultam em mim mesmo.
E eu não quereria muita coisa,
Uma vida com uma alma especial - já me bastaria.

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